Minha mãe não pode ver cobras, nem na televisão. Tem pavor!! Quando ela era pequena, morava no sítio e passou uns sustos bem grandes com elas. Resultado: até hoje olha embaixo das camas para se certificar que estão livres de qualquer “visitante” inesperada, mesmo na cidade.
Se a gente pensar, devemos mesmo ter cuidado com os bichos peçonhentos, mas assim é exagero, não é?
Esse exagero tem nome: FOBIA.
Acontece sempre que uma pessoa tem um medo intenso frente a um objeto ou alguma situação, mesmo que seja inofensivo, como uma borboleta ou alguma imagem na tv.
E o interessante da fobia é que ela é democrática: acontece desde o mais forte lutador de MMA até a mais frágil criança. Do dono da empresa ao mais singelo funcionário. Sem distinções.
É até engraçado, porque quando eu procuro vídeos de fobias para ilustrar minhas aulas, o que mais se encontra são uns caras bem grandões apavorados para tomar injeção.
O que não é nada engraçado é a limitação que as fobias trazem à vida de quem as têm. Não poder ter a independência de dirigir para onde desejar. Passar dias mal antes de uma viagem de avião (sem contar o medo durante o voo). E até coisas mais simples como não ir para o sítio daqueles amigos pois vai ter muito sapo por lá.
Tenho uma boa notícia agora no final: fobia tem cura.
Eu mesma sou uma ex fóbica de agulha que hoje é doadora de sangue.
Existem várias técnicas maravilhosas que podem nos ajudar a sermos mais livres e fazermos com mais tranquilidade o que nos causava muito sofrimento.
Ufa!! Não aguentava mais a inspeção da minha mãe toda noite!
Abraços
Daniela Franzen